A vida é o que você deixa de fazer dela...
Ela é o oposto do que você espera...
Ela é o avesso dos seus planos...
É o inesperado que antecede seu futuro.
É o soco na boca do estômago...
Que te devolve o ar...
A vida é tão passageira quanto nossas vontades...
Tão real quanto nosso imaginário.
A vida nua, crua, cruel...
Faz doce seu fel...
Revela segredos...
Doma seus medos.
Vida fria, amarga, rica, breve, vazia...
Vida sem amor, vida que acontece sozinha...
Estrela guia que confunde as entrelinhas...
Vida de um poeta.
Que segue no rumo dos sentimentos...
Tormento ou não...
Numa vida tão pobre de sentimentos,tão falha de
verdades,tão ausente de companheirismo...
Mundo complexo.
Vida sobre reflexo...
Do que se sente, muito entende...
Cadê o amor que não vêm?
As paixões e os amores se foram no vagão do trem.
Vive-se hoje sem esperar nada ou alguém...
Crônicas da vida, mesmo certa,incerta,algo o
retém...
Tropeça no lado torto da vida...
Esse que confunde,enobrece,enaltece.
Quem diante da vida crê...
A sorte de um amor sincero, tranqüilo, banido...
De qualquer razão...
Onde o sentimento seja capaz de fazer verão.
Mesmo quando a estação está em mutação...
Vida, louca, breve, inacabada, inesperada...
Você nada mais é que o som da batida...
Bate num compasso curto, intenso, cujo tempo não
volta mais.
Crônicas de muitas vidas...
Em uma só,chegadas e partidas...
Uma nova vida...
Recomeço do fim, início do meio,a vida prevalece em
cada tropeço e vigora na linear do seu contexto.
Virgínia Origuela
