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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Um dia chamado: Natal!


Sempre gostei de Natal... De casa cheia... de  barulho...
Sempre acreditei em Papai Noel...
Até que um dia eu cresci e descobri que ele não era como imaginava...
Mas mesmo assim ele sempre fazia algo bom renascer nos corações das pessoas.

Primeiro eu perdi meu avô. E desde então natal nunca mais foi o mesmo...
Mas comemorávamos mesmo assim entre nós...
Era tudo muito bom... porém  sempre aquela sensação de que faltava alguém ali presente.

Os anos foram passando, vários Natais chegando...
Os presentes não eram os mesmos de quando era criança...
Mas eu os abria com a mesma emoção...
De quando eu tinha dez anos.

A família continuava ali... Uns longe, outros perto.
Família é família!
Minha avó sempre presente...
Eu sempre ficava contente com tudo isso.

Ela já estava doente... mas  estava ali..
Mas um ano terminava...
Era dezembro...
Época de festa, de alegria para todo mundo.

Eu havia me ausentado por uns tempos motivos de trabalho...
Quando em meu coração senti que era hora de voltar para a cidade...
Minha vozinha não estava mais tão bem assim...
Eu a visitava todos os dias.

No hospital... na UTI....
Até que no dia dezesseis de dezembro de dois mil e nove...
Um aperto no peito, uma agonia... eu sentia...algo estranho...
Havia visitado ela no hospital.

Disse coisas que saiu do coração.
Coisas realmente sentidas, vividas, profundas...
Cantei uma música que me marcou muito...
Mãezinha do céu...

Eu não sei rezar, só sei dizer que quero te amar...
Despedi-me, algo em mim sabia que ela não mais estaria ali...
Mas meu pensamento insistia em fingir, omitir tal idéia.
Fui para casa, sai com uma amiga na intenção de esquecer.

De nada adiantou, de madrugada me veio à notícia...
Minha vozinha tinha partido...
Doeu tanto... Que eu nem sei como sobrevivi...
 Apenas ali Permaneci.

Desde então meu Natal nunca fora o mesmo...
Sinto falta dela, do abraço apertado, do quanto podia ter vivido e estado ao seu lado...
E do quanto desperdicei por achar que as pessoas nunca se vão.
Sinto falta de coisas bobas, mas significativas.

As pessoas sempre se vão e por incrível que pareça nunca estaremos preparados...
Por mais que saibamos das condições...
O natal já não é tão alegre e hoje tanto faz...
Comemorar ou não... Já não o sinto com a mesma emoção.

E para ser sincera nem sei bem para que serve o Natal!
Talvez sirva para encher o peito de esperanças, para ajudar quem precisa, para sermos mais otimistas...
Para estar junto com a família...
Mas e quando a família já não é mais a mesma? Ou quando alguém importante dela se vai.

O que fazer com o Natal? Passar... esperar pelo próximo ano.
Quem sabe no próximo eu já não sinta tanto...
Quanto tenho sentido...
Quem sabe o papai Noel não volte a me visitar com seu trenó...

Quem sabe ele tenha guardado minha cartinha de quando era criança...
Quem sabe ele não realize meus pedidos  e também os sonhos, de todo mundo...



E os anos de todos nós sejam melhores, cheios de graça, de cor e coberto de imenso amor.

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